quinta-feira, janeiro 18, 2007

Clarificando

i don't know if i make sense now. só sei que eu não tenho medo de nada. eu vivo porque é a única coisa que eu sei fazer. eu me jogo porque é assim que eu sou. uma força da natureza.

Quero conseguir dormir em paz sem sobressaltos, quero que os gatos parem de brigar e que o meu coração volte a bater num ritmo minimamente normal um dia desses, e eu quero não estar com esta voz de travesti rouco que tomou chuva e falou demais, eu quero paz, paz, paz, eu não consigo ter paz, assim eu não vou conseguir ter paz. Toda quebrada e sem defesa nenhuma. Sem estar toda fudida porque toda fudida eu já não fico mais. Mas toda quebrada e sem defesa nenhuma. Aquele vazio bem filho da puta. O dia cinza. Vontade de ficar parada e tentar cessar de existir. E de respirar. E de sentir só um pouco. Eu preciso de paz. Eu preciso. Eu não quero precisar de nada.

E depois de tudo as pessoas tentam juntar os cacos só porque elas estão se sentindo mal com elas mesmas, não com o que causaram. Aí não adianta. Não adianta dar uma facada e ai, desculpe, não sabia que ia sangrar tanto. Uma bela de uma bosta, um dia horroroso e é assim mesmo que vai ficar. Só o tempo arruma. O tempo é o meu melhor amigo. Às vezes nem ele arruma. Mas pelo menos a gente aprende. Boa sorte com o tempo, darling.

Clarah Averbuck

14:37 +