Eu não sei mais escrever. E isso é um fato, lastimável, mas é um fato. As palavras parecem sair correndo de mim, olhando pra trás e rindo da minha cara, igual criança que foge da mãe depois de fazer uma grande merda. E a panaca aqui fica pedindo pra elas voltarem, mas nada feito, elas correm em velocidade alucinante. Acho que preciso de férias intelectuais ou essa vida que eu vou levando não vai mais fazer o menor sentido.
Ou talvez o dia em que eu amar algum ser novamente - oh, céus! amor? que grandissíssima merda é essa, essa coisa de amor? -, o dia em que eu achar algum indivíduo que mereça o mínimo da minha atenção, talvez nesse dia eu consiga laçar algumas palavrinhas úteis para a minha sobreviência e juntá-las formando alguma coisa interessante.
Porque? Porque esse blog está datado, passou o prazo de validade. Tudo o que foi dito antes deverá ser esquecido. As linhas abaixo dizem respeito a uma Luísa que não existe mais. Uma Luísa que hoje corre atrás de palavrinhas para construir uma nova mulher.