sábado, março 26, 2005

One day you will understand...

E a bomba de Hiroshima parece que não pára de explodir e levar tudo o que vem pela frente. Os olhos de ressaca malvados, que levaram tudo e não deixaram nada, apenas aquela coisa que todos sentem, mas odeiam sentir. Aquela caneta verde não serve de nada, é só simbólico, e era a única coisa que estava ao meu alcance. O que deveria ser feito era pegar uma faca e assassinar a punhaladas todas aquelas coisas que existem, como a caneta verde que quis riscar a parede e foda-se se eu pareci uma ridícula, ninguém se importa se sua vida é uma merda, talvez Machado de Assis se importasse. Ou não, porque os personagens dele eram todos herdeiros. Dar risada do que passou ou chorar pelo que deu errado, ou sorrir pelo que vem vindo, pensar é um problema. Um dia, às seis horas da manhã. E eu nunca vou esquecer daquela árvore que me abrigou e aquela árvore foi amiga e tudo o que eu disse era verdade e os olhos de ressaca malvados gritaram coisas horríveis na minha cara. Eu odiei ouvir aquilo tudo e não tinha porquê todas aquelas coisas serem ditas. Sabe aquelas lanças que você enfia na cabeça dos outros e que pensa estarem cravadas na sua? Sem querer querendo ou com intenção não-intencional elas vieram parar na minha. Se aquela caneta verde fosse uma varinha de condão, a vida seria mais feliz. Ou se ela fosse uma borracha. E eu choro assistindo Malhação, livros românticos me tornam sensível, como daquela vez em que eu tive uma overdose Fernanda Young e quase morri. A gente percebe que está crescendo quando começamos a ter passado e a overdose Fernanda Young já faz quase três anos. É tão estranho quando a gente dá risada sozinha na frente da televisão, de piadas imbecis de gente babaca. Engraçado é morrer de rir sozinha na frente do computador e de repente sua mãe passa e acha que você é uma louca. A história ainda está para acontecer, estamos ainda no começo e o meu medo é um dia o diagnóstico ser transtorno bipolar, a mais nova mania da sociedade moderna. Ahn... vai tomar cu.

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