Shows do Nucelar Assault e Sodom, dia 20 de fevereiro, no Directv Music Hall
Nuclear Assault:
O show do Nuclear Assault, banda que abriu a noite, foi um show, pelo menos na minha opinião, sem mais e sem menos. Ou seja, nada de mais. Lógico que os caras mandam bem, tocam pra caralho, mas não acho que teve nada de muito espetacular. O batera é um cara que eu classificaria como o “Senhor Viradas Perfeitas”. Pois é, o cara fazia umas viradas fantásticas. O guitarrista, que já tocou no Anthrax logo no começo, um homem absurdamente alto, também fez o seu showzinho à parte. O vocal era engraçado: dava uns berros fenômenos mas parecia não articular muito a boca... Notei (eu que não conhecia a banda), que os caras têm bastante influência de hardcore. O show teve duração de uns 45 minutos, o necessário para aquecer os metaleiros pro show do Sodom.
Sodom:
Violência, energia e presença de palco são termos que podem definir o que foi o show do Sodom. Os caras simplesmente foram os donos da noite. Entraram no palco de repente, quando ninguém esperava e já começaram arregaçando. Logo no intervalo da primeira para a segunda música já rolou uma interação com o público, Tom Angelripper olhou para a galera como quem diz: Isso aqui está lindo!. E realmente estava, mesmo não estando cheio, aliás, longe disso. Mas o que conta é que o povo estava animado demais e cantando muito. E nesse pequeno intervalinho de música, os caras do Sodom já ganharam alguns presentes, como uma camiseta da Venom, que jogaram lá do meio, na sequência uma camiseta do Sodom e, por último, um belíssimo sutiã vermelho, que o vocal pegou, enrolou no pescoço e cheirou. E o público vibrando. E durante toda a noite foi assim, Tom comandando o show, conversando com a galera, dando Vodka pra beberem... Musicalmente, os caras também destruíram. O guitarrista Bernemann simplesmente é um monstro: fazia uns solos absurdos na maior velocidade. Lindo de se ver. Rolou a participação em três músicas de um ex-guitarrista do Sodom e ex-Kreator, que hoje mora no Brasil e no final do show, um cover de Motorhead. E os cabeludos lá, chacoalhando as cabeleiras e cantando com a alma. Tirando o som, que estava um pouco ruim (pelo menos um pouco melhor do que o do show do Misfits), a uma hora e quinze de show do Sodom não deixou a desejar.
Nos bastidores...
Depois do show, o pessoal que ganhou o ingresso na promoção da Brasil2000, foi todo lá para o camarim. Primeiro fomos no camarim do Nuclear Assault, mas foi um pouco esquisito... Os caras pareciam estar muito loucos e não entendendo muito o que tava rolando... O vocal passou correndo, falando que voltava em 5 minutos e sumiu. O batera, o Senhor Viradas Perfeitas, ficou sentadão no sofá, autografando milhões de cds e ingressos e tirando fotos, meio viajando na dele. O guitarrista Senhor Grandão deu uma passada por lá também, mas nada de mais. Depois, fomos para o camarim do Sodom. Meu, os caras são pura simpatia, principalmente o baterista Bobby Schottkowski, que não parava de falar um minuto. Ficou o tempo todo encanado comigo: ficava futucando no meu alargador, puxando meu cabelo... O Bennermann parecia estar meio perdido: ele autografava o material do pessoal e ria das piadas do Bobby. Tom não falou muito, mas foi simpático e gentil com todo mundo. A simpatia no palco foi a mesma lá dentro. Muito legal! Não posso deixar de agradecer à Paula e o Magoo que foram ótimos, muito legais! Eu tinha oferecido o ingresso que eu ganhei para um amigo meu, que foi quem me apresentou a banda. Mas ele não quis... Ainda bem! Porque o show foi fodidamente foda!