domingo, maio 09, 2004

Quando ela era um verme…

Fizeram as pazes.
Ela o perdoou. Na realidade ele nunca fez nada de mau a ela e será a última pessoa no mundo capaz de feri-la. Ela que lhe pede perdão.
Foi tola em não acreditar nele, mãos tapavam os olhos da moça, mãos que talvez fossem as dela própria. Mas agora ela pode enxergar, mesmo tendo a visão ainda um tanto quanto turva, as imagens formarem-se sem muita nitidez.
Às vezes ela se surpreende com a vida. Ficou impressionada com o fato das pessoas só darem o devido valor às coisas quando elas não estão ao alcance de suas mãos. E no tempo que eles estiveram longe, brigados – por culpa dela -, a moça percebeu o quanto ele valia… Valor incalculável.
Ela será eternamente grata a ele, por ajudá-la em muitos problemas, fazê-la enxergar a vida por diferentes perspectivas, por reerguê-la, por fazê-la sorrir, por fazê-la amar, por existir.
“A distância não é capaz de medir sentimentos”, disse ela, “assim como o calendário também não: se estou à sua espera há 7 anos – para não falar toda a minha pequena existência -, espero quanto tempo mais for necessário, nem que eu morra e te encontre somente em outro plano. Te amarei para sempre.”

Eu gostaria de te ter comigo.

Eu amaria viver essa mentira.
Eu amo viver essa mentira.



É… Caso de internação.

21:11 +